Desde que eu
me entendo por gente eu gosto de ser “a mais”. Não sei exatamente como
explicar, mas eu sempre tive essa necessidade de estar ou na extremidade boa ou
na extremidade ruim de algo. Nunca gostei de estar no meio. Exemplo: lembro uma
vez na escola, devia ser sétima série, e discutíamos onde todo mundo da sala
morava. E eu morava longe da escola – uma das meninas morava na esquina do
lado, enquanto duas moravam no bairro vizinho. Eu nunca seria a pessoa a morar
mais próxima a escola. Fiz questão de provar – mesmo que hoje eu tenha de
admitir que não era verdade – que eu era a que morava mais longe. Nunca soube
porque e nem sei porque isso me contenta, mas eu sempre fui assim.
segunda-feira, 25 de maio de 2015
quarta-feira, 20 de maio de 2015
O poder da palavra ateísmo
Tem poucas palavras tão
pesadas na língua portuguesa quanto a palavra ateísmo. Poderia até me arriscar
e dizer que não é só no português (que não é só no Brasil), mas não me sinto
confortável falando de culturas que não vivencio todos os dias.
Apesar do que pode
parecer, esse texto não é pra falar da opressão contra ateus. Ela existe e é
clara, independente do que muitos possam dizer. Atos terríveis como assassinato
e estupro ainda são associados – as vezes de “brincadeira”, as vezes de verdade
– a “pessoas sem deus no coração”; é impossível não ver o olhos se arregalarem
toda vez que você que te perguntam sua religião e você diz ser ateu; todos os “sempre
achei que era uma pessoa tão boa”. O preconceito existe e eu jamais irei
negá-lo, mas não é sobre isso que quero falar.
quinta-feira, 14 de maio de 2015
Os "privilégios" de ser oprimida
Dia desses
eu estava no facebook quando vejo um texto – feito aparentemente por uma mulher
– sobre como o feminismo é uma falácia. Este texto faz duas coisas: a) levantar
diversos pontos em que as mulheres possuem vantagens na sociedade e b) dizer
que a mulher só é oprimida no oriente médio, que no ocidente essa desigualdade
não existe.
Conforme
eu lia o texto, uma mistura de raiva e tristeza me deixou meio sem palavras.
Como sou do tipo que faço besteira quando fico de cabeça quente, eu salvei o
texto na esperança que de que conseguisse me acalmar o bastante para explicar
porque os “privilégios” ditos no texto não são tão privilégios assim, e mais,
explicar um pouco sobre o que é desigualdade social (não somente no âmbito de
gêneros).
Quem realmente quiser continuar lendo: boa sorte. Ficou enorme rsrs.
terça-feira, 5 de maio de 2015
Ser ou Não Ser - Não é a Questão
Quando
a gente faz militância, querendo ou não, as pessoas veem a gente como
“generalistas”. Não é raro grupos privilegiados fazerem campanhas em retaliação
às campanhas ativistas, reclamando que estamos generalizando – como o
#NotAllMen para a campanha “YesAllWomen ou o #AllLivesMatter para o
#BlackLivesMatter.
Eu poderia gastar esse texto todo e
provavelmente mais um explicando porque a gente generaliza sim e porque isso
não deveria ser tratado como um problema. Mas o objetivo desse texto é outro e
vou deixar isso pra outra hora – mas me cobrem, pois eu realmente quero falar
sobre isso.
Assinar:
Postagens (Atom)