- Você acredita em duendes?
- Não.
- Por que não?
- Porque eles não existem.
- Quem disse que eles não existem?
- Ah, por favor! Quem vai acreditar em pequenos seres verdes mágicos?
- Não entendo seu ceticismo.
- Olha, eu nunca vi um, e acho o conceito todo meio patético. Então não acredito.
- ‘Ta. Entendo. Mas por quê?
- Como assim por que?
- Qual o motivo de você não acreditar, qual o por quê?
- Ora, já te expliquei!
- Não, você me deu motivos de proque o conceito é falho. Mas o que fez você não acreditar?
- Ah, cara, sei lá! Eu só não acredito!
- Você escolheu não acreditar?
- Que pergunta idiota.
- Por quê?
- Porque você não escolhe acreditar em algo. Simplesmente... sei lá, acredita ou não.
- Então se eu agora pedisse pra você acreditar em duendes e você quisesse acreditar em duentes você ainda assim não conseguiria acreditar em duentes?
- Bem... sim, eu suponho. Acreditar não fica no racional, não é mesmo? Acho que é maior que isso.
- Foi o que eu te disse.
- Hein? Quando?
- Quando você me perguntou porque eu não acredito em deus.
- ...
- Não é pelo conceito. É pelo acreditar. E eu não escolhi não acreditar, simplesmente não acredito. E eu respeito você não acreditar em duendes, então você pode respeitar que eu não acredite em deus.
- Mas,
- Não tem “mas”. Motivos não vão me fazer acreditar. Acreditar não fica no racional. É maior que isso.
=)