[My Ships] Harry & Ginny

Eis que finalmente decidi escrever sobre os meus ships. Eu fiquei enrolando porque eu queria dar uma analisada, correr atrás de quotes, momentos, enfim, mas decidi que era bobagem. Eu não preciso reler os livros ou rever as séries pra saber porque meus ships são otp. Eu já sei que eles são, só preciso escrever.

Eu tinha pensado em começar de trás pra frente (do menor surto pro maior surto, se é que posso colocar desta maneira), mas sabe lá quanto tempo vou demorar fazendo isso e sério, não posso deixar meus bebês por final.

Por isso, vou começar com Harry e Ginny, de Harry Potter.

Art by Burdge-Bug

AVISO: esse post contém spoilers.
DECLARAÇÃO: esse post contém o meu ponto de vista sobre o assunto e não possui a intenção de fazer você concordar comigo.

Hinny (eu sei, esse nome é horrível, mas eu me acostumei), é meu surto máster. Desde que comecei a shippá-los eu nunca senti nada tão forte por outro ship (bem, cheguei bem perto com um, mas isso fica pro post dele). Foge dos limites do normal. Foge mesmo.

Acho que o ponto chave é o que HG significou na minha vida. Antes de HG eu mal tinha contato com a internet ou computadores, usava no máximo pra fazer trabalhos escolares e pra jogar. Aí eu li o livro 6, tive ataques e fui no PC jogar “Harry e Gina” no Google. Foi aí que conheci as fanfics. Então, pensem, HG foi o que me ensinou o que era um ship, o q era ser shipper e o q era shippar, além de me incluir no mundo das fics (e me dar amigos por conta de fics) e no mundo dos computadores (e hoje eu falo TI, galera). Então é, foi um marco na minha vida. Sem dúvidas.

E o mais legal – ou estranho? – disso tudo é que relutei, e muito, em shippar HG. Acreditem, eu gostaria muito de poder dizer q shippo desde a câmara secreta, mas seria mentira. Mesmo sem testemunhas (já que eu não tinha contato com nada e nem ninguém do fandom potteriano na época), acho melhor dizer que eu não fui sempre uma fã de HG. Isso, porém, fica pro post do meu “passado sombrio”, mas assim, eu realmente relutei em shippá-los e acho que minha trajetória no caminho pro surto é bem explicativa no porquê eu surto tanto. Então vou contar pra vocês (como eu fui de “ok” pra “HG açklsdsj~lska”).

Pulando a parte não HG desse período, eu já sabia que o Harry e Ginny iam ficar juntos em HP6, porque a JK liberou o capítulo 24 (sectusempra) na internet, antes de lançar o livro, e eu li (e é no fim desse que eles se beijam). Então, sem contar nada dessa época, só queria deixar registrado que já sabia (e estava revoltada, mesmo).

Começo de HP6, Harry chega na’Toca. A Ginny vai conversar com eles (o trio) sem nenhuma vergonha, brinca, ri, fala, enfim, interage. E eu passei a gostar dela aí. Mas só, passei a gostar dela. Curti a personalidade dela (ela não gosta da Fleur e apesar do passado de leve vergonha do Harry não medo de ir lá e fazer graça), e admirei o fato de ela não querer ajudar a mãe, pelo simples fato de que a mãe a chamou porque ela é a garota. Além disso ela está namorando e está bem porque ela tinha que seguir em frente já que o Harry ia continuar sendo um tapado.

Aí tem o resto do verão lá e ela fica amiga deles e tals e eu adorei que ela tava começando a se interar. Mas ok, depois disso, o ponto crucial foi a ida pra Hogwarts. Aquele momento em que o Harry sente uma fisgada no estômago porque ela tem de ir se encontrar com o Dean. Não é porque ele vai ficar sozinho (Ron e Hermione são monitores), é porque ela tem de deixá-lo sozinho pra ficar com o namorado. E isso o incômoda. E me odiando com todas as forças eu sorri levemente a isso – tem coisa mais charmosa do que um ciuminho, gente? Achei super fofo, mesmo. Mas continuei relutando.

Mas aí tudo foi por água abaixo com a amortentia. Sério, fui completamente fisgada ali. Cara, treacle tart (comida preferida é algo muito importante), cabo de vassoura polida (voar é a atividade favorita dele) e o perfume dela. Sério, não sou capaz. Não sou. Porque tipo, não foi que ele pensou nela ou coisa parecida, ele só sabia que aquele cheiro era um dos três cheiros mais importantes do mundo pra ele sem ele sequer saber de onde vinha. Foi inconsciente. Foi verdadeiro. E quando ele encontra ela e reconhece o cheiro, gente, eu me entreguei. Fui incapaz de controlar e joguei minhas ressalvas pro alto, ele gosta dela muito mais do que ele gostou da Cho e, ugh, perfeição absoluta.

A partir daí toda página que eu lia eu esperava uma coisinha HG. E meu deleite quando ele pensava nela era absurdo. Eu lia (aliás, continuo assim) uma menção ao nome dela e já sorria igual uma idiota por pelo menos meia hora.

E aí tem aquele cena em que ele e o Ron encontram a Ginny se agarrando com o Dean.E gente, feels.Ele morre de ciúmes e eu não sei lidar, porque, repetindo, tem coisa mais charmosa do que ciuminho, meu Deus??? E ele fica todo preocupado, porque ele não entende o que ele está sentindo, mas é ciúmes e ele pensa, ele realmente pensa, que deveria ser ele ali com ela. E como eu fico, gente? Como eu posso agir como se isso não fosse perfeito?

E aí ele toma uma poção da sorte e a Ginny termina com o namorado. No mesmo dia. Uma poção da sorte. Sorte. GENTE? Diz na minha cara que eles não são feitos um pro outro!

E aí a gente chega no sectusempra. PUTA CAPÍTULO PERFEITO. Porque tem HG all over the way. Acontece toda a coisa lá com o Draco, e blabla, e ele não vai poder jogar, e ele decide chamar o Dean de volta pro time, já que é a única opção, e em vez de pensar não time, a única coisa com a qual ele se preocupa é que se eles ganharem a Ginny provavelmente vai voltar com o Dean na vitória, contrariando sua antiga esperança de que ele estaria jogando e ela se acertaria com ele se eles ganhassem. COMOLIDAR?

E, é claro, não podemos esquecer do melhor diálogo interno de todos os tempos.

“Ela é irmã do Rony.

Mas ela deu o fora no Dino!

Ela continua sendo irmã do Rony.

Eu sou o melhor amigo dele!

Isso só vai piorar as coisas.

E se eu falasse com ele primeiro...

Ele bateria em você.

E se eu não ligar?

Ele é o seu melhor amigo!”

Eu ri e surtei e morri por umas boas horas depois de ler isso. Até porque depois desse diálogo ele se consome tentando decidir entre a garota e o melhor amigo, e pensando em mil maneiras de conseguir falar com ela, porque por mais que ele tivesse medo da reação do Ron ele não consegue deixar de pensar nela. Ele considera tomar poção da sorte de novo. Pra poder ficar com ela. Vocês estão entendendo gente???

E aí eles se beijam. E mesmo eu já tendo lido isso (o capítulo 24 inteiro, na verdade), eu não posso evitar o surto, porque foi uma realização absurda. Eu passei a shippar eles gente, pra perceber que o capítulo em que eles se acertavam era quase no final. Foi demais!

E a Ginny é a pessoa mais foda do mundo ok. E temos a “cena da tatuagem”, e pode tanta fofura? Pode?

Aí tudo desanda, porque o livro é aventura e não romance, afinal. Mas ele pensa nela, manda dividir a poção com ela, ela é a única pessoa que consegue afastá-lo de Dumbledore. Todo mundo tenta e só ela consegue.

E aí ele vai lá e termina com ela. E ele pergunta como ela acha que ele se sentiria se fosse o enterro dela, e diz que podem persegui-la, e ela não se importa, mas ele se importa.

E, cara, mesmo sem dizer nada, eu já disse tudo que eu queria dizer pra expressar o quão OTP eles são pra mim.

Mas agora que eu comecei vou terminar, vamos falar brevemente de HP7.

O beijo no quarto dela. Better than firewhiskey, she was the only real thing.

O ciúme do Harry por causa do Krum. She’s seeing someone. Big Guy, you don’t want to cross his way.

Ele olhando o nome dela no mapa durante a viagem.

O ciúme da Ginny por causa da Cho. Luna can take him, can’t you Luna?.

Ele passando por ela antes de ir se entregar, porque se ele parar ele sabe que não vai continuar.

Ela sendo a última coisa em que ele pensa antes de “morrer”.

Eles terão tempo pra ser acertar, dias, anos...

Eles são OTP.

Pra finalizar, uma rápida consideração sobre eles como um casal: eles se entendem melhor do que qualquer outro. Eles são capazes de ver por trás da cara de “estou bem” que o outro veste, e eles sabem como lidar com isso. Ambos são teimosos e possuem gênios fortes, além de serem orgulhosos, mas as coisas em que eles são diferentes os ajuda a crescer e desenvolver e é apenas mais uma parte do alicerce que eles são um pro outro. Eles se amam, e é um amor puro, sem cobranças ou pedidos.

Concordando ou não comigo, eu não ligo. Pra mim eles são feitos um pro outro e eu garanto que depois de sete anos, nada vai mudar minha opinião.